
abril 25, 2008
Em seu lugar
Como será estar no seu lugar
e saber que está me perdendo?
Como será quando você me olha
e se alguma coisa chora ao me ver?
Como será quando não falo contigo
e é vazio o mundo que já foi abrigo?
Como será quando esperas que te amo
e no fundo é engano ainda acreditar?
Como será não ver e poder acordar
não mais me amar toda manhã?
Como será esse tempo de esquecer
todas as coisas que criei para você?
Como será só me encontrar por acaso
lembrar o passado e sorrir sem sofrer?
(Cáh Morandi)
abril 24, 2008
Para ti

Se eu não chegar a tempo
Se eu não resistir até o próximo dia
Se eu embarcar sem aviso
Se eu tomar chá de sumiço
Guarde esse pequeno escrito
Que pode até não ser bonito,
Mas que fiz pensando em você
Então, se eu desaparecer
Lembre de relê-lo sempre
Para não esquecer da gente
Para me manter viva em ti
Se eu não resistir até o próximo dia
Se eu embarcar sem aviso
Se eu tomar chá de sumiço
Guarde esse pequeno escrito
Que pode até não ser bonito,
Mas que fiz pensando em você
Então, se eu desaparecer
Lembre de relê-lo sempre
Para não esquecer da gente
Para me manter viva em ti
Relembrar da forma que sorri
Enquanto te escrevia esse verso
Enquanto te escrevia esse verso
(Cáh Morandi)
abril 23, 2008
Temporais de tempo
abril 22, 2008
Castelos de Areia

Cortinas de primavera encobrem a janela
que nela veja flores pois que o outono chega
Ao meu redor, tudo é teu nome
e a estação passa tão lenta
Giro no mundo, em tudo eu te vejo
as pétalas que viste ao caminho comigo
Tem o mesmo teor da tua face
Teu beijo...
Há tanto de ti que ainda desejo
e a minha alma suave te quer plenamente
como os sonhos que resistiram ao tempo
cujos passos jamais prescrevem
O que restou do tal paraíso
dos anjos nossos tão belos?
Das longas tardes de risos,
das mãos que em laços se deram?
Os passos se confundem no caminho
são trôpegos ditos de promessas feitas
Os planos são castelos de areia
ilusão de miragem que a paixão alimenta
Cada dia é um dia que espero tua volta
Cada instante mais frio arrefece-me a calma
Dessa alma minha que só sabe ser tua
Desse corpo meu que suspira tua boca
Nessa falta que fazes, gritante e tão louca
Cah Morandi & Serginho Reis
abril 21, 2008
Faz-me tua
Absurdo

Não há mais paisagens
Quando olho para a janela
Não há mais primavera
No concreto tão sisudo
Não há mais roupagens
Quando olho pintura na tela
Não há mais atmosfera
No abstrato tão desnudo
Cantaram na rua outros sons
Vestígios borrados de céus
Paredes se vestiram de véus
Apagando do poente seus tons
Silenciaram nas curvas outras vias
Pela arquitetura pintada de treva
Tetos se matizaram de névoas
Acendendo de ébano as travessias
(Cris Poesia e Cáh Morandi)
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abril 20, 2008
Ao teu pensamento
Suicida
abril 19, 2008
Imprevisão

Nem sempre sou afinada
Requintada no meu riso
Nem sempre sou recatada
Agraciada só se preciso
Nem sempre sou badalada
Emboscada no meu tino
Nem sempre sou temporada
Trovoada só se desatino
Eu vou estar no que desejam os olhares
Assim mulher, assim o que eu quiser
Santa desviada habitando em altares
Eu vou fincar fronteira pelos arredores
Assim fêmea, assim o que eu puder
Diabólica virada habitando em limiares
(Cris Poesia e Cáh Morandi)
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